domingo, 21 de outubro de 2012

Não é só austeridade

As principais notícias que circundaram este blog no período dessas postagens, sem dúvida alguma foram o tema austeridade fiscal, crise européia e recessão. Os países que compõem os PIGS - Portugal, Itália, Grécia e Espanha passam, sobretudo, por uma crise de identidades. Afinal, deve-se ou não permanecer na zona do euro e ser um sodado obediente e eficaz a seguir todas as regras impostas pelo Banco Central Europeu a chancela da Alemanha? Esses países, bem como todos os outros que compõem a União Européia buscam uma forma de dar estabilidade, bem estar e proteção aos seus cidadãos. Mas a conta não é simples, as medidas mais drásticas e abruptas são tomadas, sem contudo, que se esclareça a situação em que esses países vão se apresentar ao longo prazo.

Os reflexos do ponto de vista social solaparam as instituições europeias. A credibilidade não é mais a mesma, o que do ponto de vista político gera enormes atritos. Na Espanha as regiões do País Basco e da Galícia já reivindicam sua autonomia perante Madrid. A insatisfação espanhola é sentida sobremaneira também nessas regiões. Movimentos separatistas, da social democracia e socialistas se intensificaram no período de crise. Será que o se previu anteriormente pelo cientista político norte-americano Francis Fukuyama realmente caiu por terra? Ao que os fatos apontam sim! As democracias de livre-mercado, funcionam de fato quando há estabilidade, emprego, distribuição de renda e riqueza.

Em um futuro próximo encontraremos um período em grande parte dispare do que vivemos atualmente. As alternativas aos modelos democratas liberais se sobressairão, sobretudo, com o exemplo chinês de que é possível promover um governo central com ditames de livre-mercado. A União Européia vai depender dos esforços das economias centrais, Alemanha e França sobremaneira. Caso o projeto europeu de integração se esfacele, teremos um grande fracasso político, ideológico e econômico. Contudo há que se esperar que o panorama da economia mundial apresente ganhos nos próximos anos, angariados acima de tudo com o impulso das economias emergentes.





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